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quinta-feira, 3 de maio de 2018

Pedras...


Ser humilde é ser belo, ser pequeno. E saber-se pequeno é encontrar um lugar sem teto e que mesmo assim lhe faça sentir seguro para crescer. Vivemos aqui, no mundo.

E no mundo há homens e homens tem fome. No restaurante, cada um sentado ao redor da mesa, há desconhecidos comendo do mesmo arroz preparado na mesma panela por uma cozinheira irritada, insatisfeita com a vida, mal paga e que não tem tempo nem vontade de almoçar.
O tempero é o que vale?
E sempre lembro do sopro que recebi, quando nasci, “vai lá, mas não seja mais um “gauche” na vida, não seja um acanhado, torto, seja benevolente, se cair, por causa de uma pedra no seu caminho, não deixe que ela te faça ficar no chão. Vá!
‘Nunca me esquecerei desse acontecimento que na vida de minhas retinas tão fatigadas’ eu via sempre uma pedra, como o itabirano. O problema é que não dá para esquecer que, por toda minha trajetória, no meio do caminho tinha uma pedra e é bom que se coloque no passado.
Porque a vida urge!
E pensar que cheguei ao ponto de nem poder ter pedras no caminho! E há quem lamente por elas. E há quem não conheça pedras no caminho!! E há quem entregue pedras no caminho. E há quem, inadvertidamente, coloque pedras no caminho!! Aquele não soube, o outro, nem o outro. Que aprendam!
Bom é não colocar pedras proibidas que limitem meu caminhar nem atropelem minha consciência; no meu caminho nem no seu. Precisamos caminhar, depois de tudo, pois o sol nasceu! Mas o meu caminho e passo são meus. Não quero me decepcionar. Não quero parar, não quero correr, não quero temer, não quero morrer!

Olinto Vieira, Parauapebas, 02 de maio de 2018