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quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Ter uma filha de 11 anos


  1. Tenho uma filha que irá fazer 12 anos em Fevereiro e apesar da maturidade demonstrada em várias oportunidades, com inusitados conselhos, intervenções importantes em algumas atitudes que eu queria tomar ( e Graças a Deus não tomei), se mostra , para meu contentamento, ainda imune às vivências precoces que o mundo criou em seu eterno estudo de rotular fases. Criança, pré adolescente, adolescente , jovem, adulto, terceira idade e agora , "melhor idade". Da cabeça de quem saiu isso ninguém sabe. Certo. Veio de uma comissão, que achou legal, passou no crivo da mídia e se afixou na mentalidade sempre absorssiva da opinião pública, que aceita como uma verdade absoluta e nem questiona. Não funciona muito assim comigo. Até porque minha filha tem 11 anos e faz questão, querendo eu ou não, de ser criança. E isso não quer dizer que seja uma boba, muito pelo contrário.  Simplesmente gosta de correr, ler, ouvir músicas de Selena Gomes, comer doces, pizza, estar com meninas da idade e pensamento dela. É uma criança que ainda não se preocupa com namorado, festas ou ficar até tarde na rua. Se está pulando ou queimando etapas? Não sei. Sei que ela sabe de suas responsabilidades e tem liberdade e abertura para conversar sobre todo e qualquer assunto comigo. Nos vemos todos os dias ( ela mora com a mãe) e quando estamos juntos, respeito à privacidade dela e vice e versa. Mas existe "abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim" e também "duras" quando é preciso pois o temperamento é forte. Sem manual. Sem receita. Muito amor, muita vontade de vê-la sempre feliz ( mera ilusão) mas sei que naturalmente a vida tem muitos perigos que somente aos filhos cabem resolver. O quanto eu puder fazer para fortalecê-la já me faz muito feliz, além de ver o amor estampado no rosto dela, o que não tem preço. Um beijo, com muito amor e um abraço que quebra qualquer resistência. Ser pai e ter uma filha. Ser filha e ter um pai.

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