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sábado, 3 de outubro de 2020

Gueto

Um reino com deveres afins. O direito de conhecer era maior que tudo, o passar do tempo o deglutiu,  criou o ouvinte cego e mudo.


Um gueto formal e chavões perfeitos para qualquer escolta. Ao oprimido, vítima, a lágrima da dor, colheita, a descarga da dor, revolta.


Reino onde o coração parecia aquecido, mas chegando mais perto, pisado. Lugar tomado do criador, que tudo vê antecipado.

Poder de mandar e punir inebria, ainda mais por quem não teve nenhum poder na vida. Os devotos dos reis da escada em descida. 


Mas a origem não assiste de braços cruzados, torturas, indiferente. Sabe hora e jeito. Sabe quem é quem, bicho e gente.


( Olinto Vieira)

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