Fugindo, há muitas bandeiras a levantar para cobrir a sua.
Há ditaduras, perseguidos, fome, bizarrices mil.
Fugindo, você pode lutar a favor de qualquer uma delas. É mais fácil do que enfrentar um quarto fechado e luzes apagadas, sem sono.
Há várias cidades e em cada uma delas há oprimidos e opressão. Gente a ser defendida e outras a serem combatidas. Desde que o mundo é mundo.
Fugindo, você pode escolher a causa a se engajar, desde que não seja preciso olhar para o espelho, para o seu olho; para dentro de si.
É como escolher trilhar uma estrada sinuosa, ocupando-se com as curvas, do que uma estrada reta, livre para pensar.
Pegar alguém pela mão é nobre, assim como é descobrir a causa de todas as suas próprias dores e curá-las. Uma por uma.
Um mundo de pessoas que não precisam fugir de si mesmas é um lugar que ainda não conhecemos.
Talvez seja esse o começo de travar batalhas verdadeiras para vencer por definitivo.
Ou o começo da vitória de quem soube se curar para ensinar outros a fazer o mesmo, à sua maneira.
(Olinto Vieira)
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