Me posiciono na independência de não precisar me posicionar a nada. Me posiciono na independência de falar ou não falar, escrever ou não escrever, dar opinião ou me calar, ouvir e dar de ombros, ouvir e dar a atenção se eu quiser, que eu quiser, responder se achar que devo ou ignorar. Me posiciono dentro da minha independência construída nesse meio século de vida que tenho, com o direito que me assiste de me fazer entender como e quando eu quiser, de entender como certo apenas o que passa pelo meu crivo, de não fazer exposição de meu crivo, de não me interessar pelo crivo de ninguém se eu assim entender; de não me medir pela régua de ninguém, de seguir quem eu achar que devo, de andar só, de discordar e ficar só para mim, de sentir medo e entrar para o quarto, de não sentir medo, de não ligar para a inteligência de ninguém se eu não reconhecê-la, de não propalar isso, de não ter receio de rótulos, de não rotular, de não ter preconceito, de ter conceito, de sair, ir, voltar, ir de novo, voltar de novo, avançar, parar, aceitar o café, fingir que está bom ou não aceitar o café. Me posiciono com a independência e liberdade de rir , ficar sério, responder ou não se alguém me cobra ou se decepciona por algum posicionamento meu ou por meu silêncio. Me posiciono com a extrema leveza de não levar em consideração se a minha reação surpreendeu alguém que não me conhece ou conhece. Me posiciono da maneira que eu quiser ou não quiser. Quando nasci me deram um nome e é ele que eu uso para construir minha identidade única, original, minha e de mais ninguém. ( Olinto Campos Vieira)
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