Um poeta fabricado à força, se conhece logo. É exageradamente doce e escancaradamente falso.
Sonha, antes de escrever, com a noite de autógrafos do livro publicado.
Escreve rimas com dor e procura palavras sem amor, fazendo sangrar o lirismo.
Rima com rima, sem sentimento de ser passageiro e eterno e sim momentâneo, conjuntural e raso.
Poema nao precisa ser entendido, exato, linear e chato.
Poema é a organização da desordem do sentido mais puro e humano, como uma criança em uma fábrica de cores.
Um poeta fabricado procura o exato na poesia e nos louvores de serenata.
E espera ser decifrado o que nao precisa fazer sentido.
Ou o que faz sentido apenas com o coraçao e olhos marejados.
Descreve o que nao entende com a sensibilidade de um bêbado abstêmio ( eles existem!), que não sigo.
Faz que conhece o mundo que habita no seu própio umbigo. Tem no umbigo o seu calabouço"
( OCV)
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