Esperando o Uber, faltam 12 minutos.
São minutos de poesia e não de espera.
De quem aproveita o tempo e contempla nas palavras algo que sempre se recupera.
O motorista sequer sonha que torço para o tempo parar;
Para o tempo da memória ter memória na vida.
Tudo ficou instantâneo, mais que o macarrão.
O trem demorava horas, o ônibus, dia sim, dia não.
Taxi eram dois ou tres,
O uber chega a jato.
A beleza do mundo acabou,
Em um, dois, três...
Quer água, doutor, um café?
E o Waze guia o homem sem fé, que guia o carro, que me deixa no meu destino, muito educado e fino.
Eu pontuo, pois ele ganha com isso e eu ganho tambem.
O que hoje faço no Uber, fazia bem melhor no trem.
( OCV 00:28)
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