O homem automático está por ai. Andando pelas ruas, ele sorri. E vive o seu momento emprestado; de outro homem que o tem dominado.
Mas ele sorri. Preso na imensidão do tempo, ele sorri. Correntes invisíveis o prende ao chão. E ele, livre preso, aprende ilusão.
O homem automático fala uma língua , um idioma robotizado, com palavras prontas. Se direciona onde o dedo alheio aponta. E ele sorri.
Se sente à vontade, quer crescer. Escuta uma música, uma auto ajuda no automóvel. Ele vai salvar o mundo e o tempo passa. E ele só sorri e o mundo não muda.
O homem automático tambem sabe chorar. Derrama lágrimas de dor procura alguém pra falar, abrir o coraçao e dar o localizador do seu sentimento.
No mapa, os outros homens sabem como lidar. Palavras e atitudes, o que comer, com quem casar, que cor vestir, a roupa que usar.
O homem automático se esqueceu, que tem um coraçao que sempre foi seu. Povoa o seu mundo de outros iguais, vivendo em um mundo de pessoas normais.
E não conhece, nao sabe nem quer saber, que fabricou a doida que nao consegue viver, sem camisa de força, um ser metralhadora.
Lunática psicose, Norman Bates, Marion e o banheiro. Formam seres que aprendem a perseguir. Transformam alegria em alergia. Pensam em uma coisa só, 24 horas por dia.
Cuidado com sua vida nesses tempos. Não seja um chip ou carro de controle, nem massa de manobra fingindo fazer o bem. Nem massa de manobra de seu ninguém.
( Olinto Vieira)
Nenhum comentário:
Postar um comentário