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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

O banheiro do Congresso Nacional

Um homem de verdade nunca é preguiçoso.
Mas preguiça não quer dizer nada fazer
Preguiça é passar pelo mundo fazendo
Os mais preguiçosos são os que mais fazem
A qualquer hora do dia e da noite, eles fazem
Em momentos inimagináveis, fazem
Um preguiçoso não se contem
Produz o que mais povoa o mundo
A má política, o entretenimento fútil
Toda série de coisas ruins,
Eles fazem por dinheiro, cobram caro
A preguiça faz do gênio um fazedor
Mas um homem de verdade não precisa nem ser notado
Como a maioria não é.
E chamo de homem quem vive a vida
Fazendo o bem.
Quando faz o mal se sufoca, quase morre.
Não se contenta enquanto não se redime
Redenção consigo mesmo,
Homem mesmo chora a dor.
Homem mesmo sabe quando errou;
Já os preguiçosos se sentem certos.
Diferente do que pensam,
Os preguiçosos não param de trabalhar
Trabalham a obra tenebrosa e fétida
Insignificante e de vida curta
Trabalham até espumar os cantos da boca
Trabalham até suar as têmporas
Alguns querem ser diferentes mas já não podem
Por que o habito de produzir já os consumiu
Até quem pensa que não está fazendo,
Quando menos se espera, la estão eles fazendo
Duas três, quatro vezes fazem.
E o fazem gemendo ou silenciosos
Urrando ou olhando o chão. O chão.
E enquanto fazem não pensam senão no que fazem
Concentrados, animados, vantajosos
Soberbamente eufóricos com o tamanho do que fazem
Orgulhosamente, olham o que fazem
E consigo dizem, os preguiçosos: Eu fiz!
Somente aí desapegam-se da obra.
E apertam o botão da descarga e saem por aí falando do tamanho do "serviço" dos outros.

2 comentários:

Anônimo disse...

A preguiça de outrem depende do ponto de vista daquele que vê o mal ou o bem!

Alípio

OLINTO VIEIRA disse...

Essa preguiça que falo tem a ver . Toda vez ela é feita orgânicamente para o bem, mas a sua matéria ou resíduo tem um nome simbólico que representa o Mal. É uma m.

kkkkk

Valeu amigo por sua presença constante aqui.

Olinto