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quinta-feira, 29 de julho de 2010

F1 tá acabando...

Já fui um grande admirador da Fórmula 1; não perdia uma corrida. Depois da geração de ouro dos grandes pilotos brasileiros, não perco mais meu tempo assistindo e estava pensando se isso não era saudosismo, nostalgia de quem não acompanha o tempo presente. Mas não. Ou alguém imagina alguém dando ordens para Nelson Piquet ou Ayrton senna desacelerar para ser ultrapassado? Ou o contrário, alguém imagina um desses dois grande pilotos pedindo ao box intermediação para o piloto da frente desacelerar?

Ridículo.

So acontece isso porque o respeito para com os pilotos brasileiros simplesmente acabou por conta da mediocridade deles mesmo.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

METABASE X VALE. HORAS IN ITINERE.

Postagem publicada no OLIVEIRA E SAMPAIO BLOG, sobre horas in itinere

"Os operadores do direito do trabalho na região de Carajás foram surpreendidos pelo periódico "Ferruginho", editado e veiculado por conta do Metabase Carajás, que alardeia os resultados da ação civil pública 00685/2008-114, em trâmite perante a 1ª Vara do Trabalho de Parauapebas/PA. O Sindicato contratou carro de som volante, distribuiu milhares de panfletos e usou a Rádio Arara Azul FM para veicular o seu grande feito, apropriando-se indevidamente dos méritos da Ação Civil Pública, para a qual em nada contribuiu.

A manobra foi tão bem feita que enganou até o crítico Chico Brito, que quase santificou o Macarrão na coluna nos jornais da cidade e no BLOG DO ZÉ DUDU.

Ao agir assim, a Diretoria do Sindicato METABASE apropriou-se, indevidamente, do mérito pela inegável conquista dos trabalhadores, dos advogados de reclamante, da própria Justiça do Trabalho e, principalmente, do Ministério Público do Trabalho. Jamais do Sindicato em questão. Se alguma honra deve ser dada, certamente a merecem os advogados trabalhistas de Parauapebas, que atuaram pelo empregado ou pelo empregador, aos serventuários da Justiça do Trabalho e aos próprios juízes, que, juntos, construíram a jurisprudência e trouxeram à luz essa grande lesão coletiva, camuflada nos acordos coletivos firmados por METABASE e VALE.

Após tanto tempo trabalhando com essa matéria, posso afirmar, sem dúvida alguma, que o METABASE NÃO CONTRIBUIU EM NADA para a efetivação do direito ao cômputo das horas de percurso na jornada de trabalho. Ao contrário, prejudicou milhares de empregados, ano após ano, ao firmar acordo coletivo de trabalho reconhecendo falsamente a existência de transporte público regular nos locais e horários aonde ele é inexistente.

Todos que moram em Parauapebas sabem que o transporte alternativo que existe em Parauapebas, irregular, termina no Núcleo Urbano de Carajás e somente está disponível de 06h às 23h. Essas informações foram constatadas pelo menos em três inspeções judiciais promovidas pelos Juízes do Trabalho de Parauapebas – incansáveis! Até o município emitiu parecer, por sua procuradoria, informando a inexistêncai de transporte público no trajeto diariamente percorrido pelos empregados.

Nada obstante, como se pode ver nos acordos coletivos de trabalho http://www2.mte.gov.br/sistemas/mediador, o METABASE reconheceu a existência de transporte público em todo o trajeto entre Curionópolis, Parauapebas às minas de Carajás, prejudicando o direito às horas in itinere, condicionado à inexistência de transporte público regular. Vale dizer, portanto, que se há um responsável pelo indeferimento ou não pagamento das horas in itinere para empregados da VALE nessa região, sem dúvida alguma, é o METABASE.

Interessante que o http://www.metabasecarajas.com.br informa o Ferruginho, mas não traz os acordos e convenções coletivas, embora tenham o dever estatutário de divulgá-los. Talvez seja por conter cláusulas como a que transcrevo abaixo. Leia, empregado da VALE, e fique indicado com o conteúdo do Acordo Coletivo de Trabalho firmado pela diretoria do METABASE:



Todos os empregados da VALE sabem que os pressupostos para o deferimento de horas in itinere e reflexos são: (i) condução fornecida pelo empregador e (ii) inexistência de transporte público regular. Veja o que diz o art. 58, § 2º, da CLT:

§ 2º O tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de transporte, não será computado na jornada de trabalho, salvo quando, tratando-se de local de difícil acesso ou não servido por transporte público, o empregador fornecer a condução. (NR) (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 10.243, de 19.06.2001, DOU 20.06.2001)

Após oito anos de intensa advocacia trabalhista fico a perguntar-me o que leva um sindicato de trabalhadores, suposto defensor de interesses de empregados, a reconhecer falsamente a existência de transporte público sabendo que, assim agindo, prejudicará milhares de trabalhadores que diariamente se deslocam às minas de Carajás. Há alguma dúvida dos reflexos disso para a vida dos milhares de empregados? Quanto a VALE deixou de pagar aos seus empregados por todos esses anos.

Foi exatamente isso que faz o METABASE à liderança do “Macarrão”. Suprimiu o direito que, trazido à luz a partir de grande esforço, agora se pretende alçar à condição de salvador da pátria.

Exatamente por isso que, em nome da verdade dos fatos, é preciso que a categoria profissional representada saiba que o SINDICATO METABASE não é parte da ação civil pública e não contribuiu - em ABSOLUTAMENTE NADA - para o deslinde desse problema social. O Macarrão apareceu na hora da foto, trazido pela VALE a tiracolo.

De tudo o que mais difícil encontrei no exercício da profissão, o mais árduo foi explicar aos empregados da VALE que, por conta de um acordo coletivo que reconhece algo que, de fato, não existe, seu direito naufragara em nome do reconhecimento constitucional dos acordos e convenções coletivas de trabalho. Colocar na cabeça de um trabalhador leigo que uma declaração falsa surtiu efeito para suprimir direito é extremamente difícil.

Conselho à categoria: votem bem na próxima eleição – novembro de 2010!"

quinta-feira, 22 de julho de 2010

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Amianto: um risco para a saúde

Especialistas em saúde alertam para um grande aumento no número de mortes nas próximas duas décadas devido ao uso do amianto pela indústria da construção civil, sobretudo nos países em desenvolvimento.

Uma investigação conjunta da BBC e do Consórcio de Jornalistas Investigativos revelou que mais de um milhão de pessoas correm o risco de morrer até 2030 devido a doenças ligadas à substância.

Com um consumo de amianto 50 vezes maior do que nos Estados Unidos, o Brasil é o quinto maior consumidor do produto em uma lista liderada por China, Índia e Rússia.

O amianto é uma fibra natural presente em minas. A substância, que é barata e resistente ao calor e ao fogo, é misturada ao cimento para construção de telhas e pisos.

No entanto, o amianto, que é proibido ou de uso restrito em 52 países, solta fragmentos microscópicos no ar que podem provocar diversas doenças pulmonares quando inaladas, inclusive alguns tipos de câncer.

A investigação conjunta do Consórcio de Jornalistas Investigativos e da BBC revelou que a produção de amianto continua na ordem dos dois milhões de toneladas.

A indústria do amianto ainda movimenta bilhões de dólares, sobretudo com exportações para países em desenvolvimento, onde as leis de proteção e a fiscalização são mais brandas. Apesar da proibição e restrição ao uso, uma variação da substância conhecida como amianto branco é produzida e exportada para diversos países. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), mesmo o amianto branco pode provocar câncer.

Alguns cientistas temem que a disseminação do amianto branco possa prolongar uma epidemia de doenças relacionadas à substância.

"Minha visão pessoal é de que os riscos são extremamente altos. Eles são tão altos quanto qualquer outra substância cancerígena que vimos, com exceção, talvez, do cigarro", afirma Vincent Cogliano, cientista da Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer da OMS.

Segundo a OMS, 125 milhões de pessoas convivem com amianto no trabalho. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que 100 mil trabalhadores morram por ano devido a doenças relacionadas ao amianto.

Nos Estados Unidos, a indústria da construção civil não usa mais nenhum tipo de amianto. No entanto, o número de mortes devido à substância está chegando ao ápice, devido ao longo período em que a doença ainda pode se manifestar.

No México, mais de 2 mil empresas usam o amianto em diversos produtos, como freios, aquecedores, tetos, canos e cabos. Mais de 8 mil trabalhadores têm contato direto com a substância. O Canadá é um dos maiores produtores mundiais de amianto branco e exporta o produto, mas proíbe seu uso internamente.

MAIS

Ficha limpa

Com relação ao princípio da anterioridade, a lei chamada popularmente de "Ficha Limpa" merece uma especial atenção, que deve ser pautada de forma atenta nas leis do País, a fim de não danificar ou mesmo enfraquecer a essência de nossas leis maiores.

O princípio da anterioridade é um dos primados da segurança jurídica. Se esta lei for aplicada imediatamente, já para as eleições próximas, ainda que para fatos ocorridos antes da publicação da lei, vários candidatos estarão fora da disputa.

Isso é Justo? No meu ponto de vista, sim. Porque tais pessoas não se enquadram nas condições mínimas para serem representantes da sociedade.Como é que alguém que já mostra, mesmo por condutas do passado, uma tendência ao crime, pode ser um bom deputado, senador, governador ou Presidente? Deus nos livre!

Isso é legal? Não! Não é legal porque em atenção ao princípio da segurança jurídica, como bem disse o advogado Márcio Gonçalves, é imprescindível que a lei seja aplicada somente a fatos posteriores à sua publicação, pois se as leis são normas de conduta, não podem exigir condutas diversas no passado, sob pena de aniquilar várias pessoas por comportamento que não lhes eram exigíveis.

Infelizmente, nem sempre o que é legal, é justo ou moral...

Por exemplo, vender cachaça e cigarro pode ser legal, mas muita gente considera imoral.

Sob o ponto de vista moral e do anseio social é indiscutível que há um consenso que a lei seja aplicada imediatamente, desconsiderando os argumentos jurídicos mas a democracia brasileira ainda precisa de amadurecimento e uma das maneiras mais fortes disso acontecer é o respeito ás leis, especialmente aquelas emanadas pela Constituição Federal, a fim de que tal obediência, um dia, seja regra geral e de forma natural por todos, como o é em diversos países.

Acredito ainda que a melhor maneira de utilizar o "Ficha limpa" é com a velha máxima das Escrituras Sagradas: Saibamos separar o Joio do Trigo utilizando algo ainda mais legítimo que uma lei, a nossa CONSCIÊNCIA!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Juraíldes da Cruz




O grande músico, talentoso compositor, cantor e amigo Juraíldes da Cruz está concorrendo como melhor músico regional no prestigiado 21º Prêmio da Música Popular Brasileira. Trata-se de um músico goiano, que faz MPB de alta qualidade sendo que suas músicas já foram gravadas por Elba Ramalho, Margareth Menezes, Xangai, Leonardo, Saulo Laranjeira e outros grandes nomes da música brasileira. Quem quiser votar para ajudar este talento a ser mais conhecido é só entrar neste site. Vejam uma pequena amostra do talento do Juraíldes nesta letra:

Vou pro campo
No campo tem flores
As flores tem mel
Mas a noitinha estrelas no céu, no céu, no céu

O céu, da boca da onça é escuro
Não cometa, não cometa
Não cometa furos
Pimenta malagueta não é pimentão, tão, tão, tão

Vou pro campo
Acampar no mato
No mato tem pato, gato, carrapato
Canto de cachoeira

Dentro dágua
Pedrinhas redondas
Quem não sabe nadar
Não caia nessa onda
Pois a cachoeira é funda
É afunda

Não sou tanajura
mas eu crio asas,
Com os vagalumes
eu quero voar, voar, voar
O céu estrelado hoje é minha casa
Fica mais bonita
quando tem luar, luar, luar
Quero acordar
com os passarinhos
Cantar uma canção
com o sabiá

Dizem que verrugas
são estrelas
Que a gente conta
Que a gente aponta
Antes de dormir, dormir, dormir

Eu tenho contato
Mas não tem nascido
Isso é estória de nariz comprido
Deixe de mentir, mentir, mentir..

Os sete anões pequeninos
Sete corações de meninos
e a alma leve, leve, leve
São folhas e flores ao vento
O sorriso e o sentimento
da Branca de Neve, neve, neve...Vou pro campo
No campo tem flores
As flores tem mel
Mas a noitinha estrelas no céu, no céu, no céu

O céu, da boca da onça é escuro
Não cometa, não cometa
Não cometa furos
Pimenta malagueta não é pimentão, tão, tão, tão

Vou pro campo
Acampar no mato
No mato tem pato, gato, carrapato
Canto de cachoeira

Dentro dágua
Pedrinhas redondas
Quem não sabe nadar
Não caia nessa onda
Pois a cachoeira é funda
É afunda

Não sou tanajura
mas eu crio asas,
Com os vagalumes
eu quero voar, voar, voar
O céu estrelado hoje é minha casa
Fica mais bonita
quando tem luar, luar, luar
Quero acordar
com os passarinhos
Cantar uma canção
com o sabiá

Dizem que verrugas
são estrelas
Que a gente conta
Que a gente aponta
Antes de dormir, dormir, dormir

Eu tenho contado
Mas não tem nascido
Isso é estória de nariz comprido
Deixe de mentir, mentir, mentir..

Os sete anões pequeninos
Sete corações de meninos
e a alma leve, leve, leve
São folhas e flores ao vento
O sorriso e o sentimento
da Branca de Neve, neve, neve...

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Inscrições para o ENEM termina hoje. Inscreva-se pela internet

As inscrições para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) de 2010 começaram em 21 de junho, somente pela internet. O prazo termina em 9 de julho, às 23h59. A prova será aplicada nos dias 6 e 7 de novembro. A taxa de inscrição custa R$ 35.

Inscrições, AQUI


Para se inscrever, o interessado deve preencher o formulário disponível na web, adotando os seguintes procedimentos:


• informar os dados pessoais;

• solicitar, quando necessário, atendimento especial ou diferenciado especificados em campo próprio do formulário;

• definir o idioma da sua prova de língua estrangeira (inglês ou espanhol);

• selecionar o estado e o município onde deseja realizar as provas;

• indicar a pretensão de utilizar os resultados do Enem para fins de certificação de nível médio (no caso de uso do Enem para certificação, o inscrito deverá ainda indicar a Secretaria de Estado de Educação ou Instituição da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica para o qual deseja enviar seus dados e notas para pleitear certificação);

• preencher o questionário socioeconômico, obrigatório para a conclusão da inscrição;

• verificar se o envio dos dados da inscrição foi concluído com sucesso, conferindo as informações prestadas e o número de inscrição fornecido pelo sistema de inscrição;

• preencher declaração de carência, para pleitear isenção de taxa de inscrição, ou imprimir Guia de Recolhimento da União ? GRU Simples e efetuar o pagamento no valor de R$ 35 em qualquer agência do Banco do Brasil, até a data de vencimento nela apresentada. O pagamento após a data de vencimento implica o cancelamento da inscrição. O Banco do Brasil confirmará o pagamento junto ao Inep.

Atualização:


Para os que perderam inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), aqui está uma boa notícia: as inscrições foram prorrogadas e serão aceitas até às 23h50 do dia 16 de julho.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Perguntas e respostas - Eleições 2010

Quais os prazos para o eleitor tirar título ou solicitar transferência de seção eleitoral?

Até o dia 5 de maio, mesma data limite para os portadores de necessidades especiais pedirem a transferência para uma “seção especial”. Em caso de perda do título, a segunda via do documento deve ser requerida até 23 de setembro.


Quais são as regras para a propaganda eleitoral em 2010?

Ela será permitida a partir do dia 6 de julho, depois que todos os candidatos já estiverem registrados. No rádio e na TV, o horário eleitoral gratuito do primeiro turno terá início no dia 17 de agosto e terminará em 30 de setembro. Se houver segundo turno, a propaganda deve começar até 16 de outubro e será veiculada até o dia 29. As pesquisas de tendência de voto deverão ser registradas a partir de 1º de janeiro de 2010. A distribuição de material de propaganda política e a realização de passeatas e carreatas podem ser feitas até dia 2 de outubro, véspera da eleição.

Quais as regras para a propaganda eleitoral na internet?

Para 2010, os candidatos terão liberdade na internet para utilizar blogs, mensagens instantâneas e sites de redes sociais. A livre manifestação na web durante as campanhas eleitorais é permitida desde que a autor seja identificado e o direito de resposta, garantido. A doação eleitoral poderá ser feita via internet, por meio de transações com cartões de crédito ou débito, boleto bancário ou cobrança na conta telefônica.

Que outras mudanças estão previstas para 2010?

Segundo a minirreforma eleitoral sancionada pelo Presidente da República em setembro, os eleitores terão de apresentar o título de eleitor e um documento com foto para ter acesso à cabine de votação. Os eleitores em trânsito no território nacional poderão votar para presidente e vice em urnas instaladas nas capitais. Outra mudança prevê que os partidos preencham 30% de suas vagas com mulheres e assegure que 5% do montante que recebem do Fundo Partidário sejam utilizados para a capacitação de representantes do sexo feminino. Além disso, 10% do total do tempo de propaganda gratuita que os partidos têm direito todos os anos – e não apenas nos anos eleitorais – devem ser reservados às mulheres. O limite de gastos com pessoal pagos com recursos do Fundo Partidário poderá ser ampliado de 20% para 50%. Também foi regulada a publicidade eleitoral em lugares públicos e privados e a quantidade de anúncios que podem ser publicados por candidato.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Eleições 2010 - Uso de Imagens - TSE

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) flexibilizou a regra para uso de imagens e voz de candidatos em programas eleitorais de partidos que tenham alianças diferentes na disputa nacional e nas candidaturas estaduais. A liberação vale até o começo de agosto, quando termina o recesso do Judiciário.

Nesta terça-feira (6), uma comitiva de líderes partidários foi ao tribunal pedir ao presidente do TSE, ministro Ricardo Lewandowski, a revisão das regras.

Na semana passada, o tribunal aprovou a proibição do uso de coligações diferentes das nacionais, mas diante da reclamação dos partidos, suspendeu a análise das consultas referentes ao tema e a publicação de um acórdão. O tribunal vai retomar as discussões e decidir o assunto na primeira semana de agosto.

O TSE chegou a dizer que se dois partidos políticos estão coligados regionalmente, mas são rivais nacionalmente, os candidatos à presidência não poderiam participar dos programas regionais.

É o caso, por exemplo, de Fernando Gabeira (PV), candidato ao governo do Rio, que tem o PSDB como aliado. Em nível nacional, porém, os partidos tem Marina Silva e José Serra como candidatos, respectivamente. Pelo entendimento inicial do TSE, eles não poderiam apoiar Gabeira em rádio e TV.

Dois dias depois do entendimento, porém, ao analisar um caso semelhante, Lewandowski pediu vista, dizendo que o tema precisaria de uma "segunda reflexão".

Os partidos ficaram insatisfeitos com a posição do TSE, pois viram na decisão do tribunal um "resgate" da regra de verticalização, que proibia os partidos de fazerem nos estados coligações diferentes da aliança nacional. Em 2006, o Congresso Nacional aprovou e promulgou emenda constitucional acabando com a verticalização.

De acordo com o deputado federal Cândido Vaccarezza (PT-SP), ainda não existe orientação do TSE sobre a aparição de candidatos em propagandas de televisão das coligações estaduais. "O jogo está zero a zero. Por enquanto, fica como estava antes, ou seja, é permitido fazer campanha e as pessoas entrarem nos programas de cada estado".

Segundo o deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), os líderes vão aproveitar o período de recesso para formular outra consulta. "Os líderes vão fazer ampla consulta partidária para formular uma proposta que contribua para uma nova regra".

Além dos representantes do PT e do PMDB, participaram da reunião líderes do PSDB, P-SOL, PSB, PV e PR.

Balaio do Kotscho - Por uma nova Seleção "Brasileira do Brasil"

Concordo em gênero, número e grau! :

"O dono do futebol brasileiro, Ricardo Teixeira, eterno presidente da CBF, que agora só pensa em comandar a Fifa, como seu ex-sogro João Havelange, poderia aproveitar para levar às últimas consequências o seu plano de formar uma nova seleção brasileira e promover uma verdadeira revolução no nosso futebol, depois dos vexames de 2006 e 2010.

“Ou nós formamos uma seleção nova ou nós formamos uma seleção nova. Não há outra opção”, proclamou o dirigente ainda ontem na África do Sul. Ótimo, é um bom começo. Acho que todo mundo concorda, já que não há como mudar a direção da CBF.

Para começar, Teixeira poderia determinar ao novo técnico que só convoque jogadores brasileiros em atividade no Brasil. Com isso, evitaria que a nossa seleção continue sendo uma legião de “estrangeiros”, com todos os seus agentes, empresários e patrocinadores a tiracolo.

Mais do que isso: com esta medida simples, poderia evitar que qualquer jovem que se destaque antes de completar 20 anos já pense logo em ser vendido para times da Europa, como tem acontecido, mantendo o círculo vicioso que está levando os clubes à ruína.


Nossos campeonatos são deficitários porque as grandes estrelas jogam no exterior ou elas vão para o exterior justamente porque os clubes brasileiros não têm recursos para segurá-los aqui?

Ricardo Teixeira poderia se mirar no exemplo da seleção alemã: todos os seus jogadores disputam o campeonato alemão. Não tem nenhum “estrangeiro” no time, embora ele seja formado por jovens de diferentes origens étnicas. Na seleção de Dunga, havia apenas três profissionais que jogam no Brasil: Robinho, que está aqui por empréstimo, Gilberto, do Cruzeiro, e Kleberson, do Flamengo, os dois últimos já em final de carreira.

Não basta falar em nova seleção brasileira, como sempre acontece depois de sermos eliminados de uma Copa. Antes de tudo, é preciso implantar uma nova mentalidade no nosso futebol, criar condições para que os clubes formadores de craques possam mantê-los aqui por mais tempo.

Basta pegar o exemplo do jovem elenco do Santos que encantou as platéias brasileiras em 2010. Quantos dos seus craques ainda estarão aqui no final do ano? Ganso, Neymar, André, todos eles sonham apenas com uma proposta e ir embora logo para qualquer clube de fora.

Se a CBF tomar a decisão de só convocar daqui para a frente atletas que jogam no Brasil, certamente esta molecada vai pensar duas vezes antes de correr atrás do primeiro empresário gringo que apareça à sua frente. Se não for pelo amor à camisa, sabem que serão ainda mais valorizados se vestirem o uniforme verde-amarelo.

Já que falei em Santos, gostaria de saber por que até agora não foi nem cogitado o nome de Dorival Júnior, o jovem técnico do melhor time brasileiro do momento. Quem é capaz de, confiando nas suas revelações, pegar o mambembe Santos de Wanderley Luxemburgo do ano passado e, em poucos meses, transformá-lo numa máquina de fazer gols, certamente poderá fazer o mesmo na seleção brasileira.

Tem o perfil do técnico que Teixeira procura: é disciplinador também, sem deixar de ser ousado e criativo, tem liderança sobre o elenco e se relaciona bem com todo mundo, inclusive com a imprensa.

Em resumo: este modesto Balaio propõe que se forme uma seleção brasileira do Brasil e se chame para montá-lo Dorival Júnior. A base ele já tem pronta. Isto sim seria um fato novo, e não trazer de volta Luis Felipe Scolari, o sargentão reacionário que já deu o que tinha que dar e está com o prazo de validade vencido.

Deixo a sugestão para o comando da CBF e para os leitores. Que tal?"

Ricardo Kotscho

sexta-feira, 2 de julho de 2010

O que os jogadores disseram logo após o jogo

"Mesmo com a derrota, esse grupo tem de sentir vencedor. Ganhamos muita coisa nestes últimos anos", disse Luis Fabiano.

"Fiz três períodos de tratamento por dia para tentar ficar o melhor possível. Mas a expectativas seria suprida com o título", disse Kaká.

Lúcio descarta se aposentar do time brasileiro. "Acredito que essa não vai ser a última vez que vou vestir a camisa da seleção".

"Queríamos que ele [Dunga] seguisse, pelo fato de que foi bem em todos esses anos. O grupo todo está com ele", afirmou Daniel Alves.

"Eu sempre busco o meu melhor para representar a nação. A gente tem que olhar o lado positivo também. Esse é um grupo vencedor", disse Lúcio

"Se o Robben não tivesse feito tanta cena, talvez eu não teria receber o cartão vermelho". Felipe Melo tenta se justificar.

"Eu tenho força suficiente para quebrar a perna do Robben. Vocês encosta e ele cai, rola no chão. Mas ele continuou jogando", afirmou Felipe

"Esse é o ano mais difícil da minha carreira", disse Felipe Melo, lembrando da campanha ruim da Juventus na Itália.

"Tenho uma ligação muito forte com a seleção. Mas a Copa-2014 está longe e tenho que refletir sobre minha vida e carreira", afirmou Kaká.

"Me esforcei demais para jogar essa Copa. Eu realmente acreditava que essa poderia ser a nossa Copa", disse Kaká.

"Acho que não saio como vilão. Assumo minha parcela de culpa, mas todos nós perdemos", adicionou Felipe Melo, expulso hoje.

"Eu to acabado. Liguei em casa, meu filho e minha família chorando. Eu só tenho que pedir desculpas para a torcida brasileira"

"Foram duas bolas paradas, detalhes que nos tiraram da Copa. Então, dó bastante", afirmou Kaká.

"Nossa maneira de jogar acabou sendo neutralizada pelo adversário que hoje jogou muito bem", disse Luis Fabiano.

"O juiz não colaborou. Parou muito o jogo e não nos deixou colar", reclama Luis Fabiano.

"Fomos surpreendidos no 2º tempo. Não deu nada certo, tivemos algumas falhas. Mas, temos de sair com a cabeça erguida", diz Luis Fabiano.

"É triste", afirmou Michel Bastos, que foi sacado por Dunga no segundo tempo.

"Quem viu o primeiro tempo achava que íamos golear, mas entramos desatentos no segundo tempo", adicionou o camisa 11 brasileiro.

"Está todo mundo arrasado. Hoje é um dia triste para o povo brasileiro", diz Robinho.

"Sei das minhas condições e não sou louco maluco de entrar numa Copa do Mundo sem ter condições", disse Julio César, sobre condições físicas

O desembarque brasileiro no Rio de Janeiro está previsto para 1h da madrugada de domingo (horário de Brasília).

Segundo a asessoria de imprensa da CBF, a seleção deixa Johannesburgo na noite de sábado (horário sil-africano).

Júlio César deixa sua permanência na seleção em dúvida. "O futuro a Deus pertence", afirmou o goleiro brasileiro.

"Saí de novo nas quartas de final. É um sentimento de tristeza e de derrota", diz Julio César, lembrando da queda em 2006.

"Uma série de pessoas vão falar o que a gente poderia ter feito. Mas a gente jogou contra uma equipe experiente" (Julio César).

Com semblante triste e olhos marejados, Julio César diz que o vestiário da seleção "desabou" depois da partida.

"Jogar com um jogador a menos em uma Copa do Mundo e com jogadores de qualidade do outro lado dificulta mais" (Dunga).

"Não estamos acostumados com a derrota. Nestes 3 anos e meio conseguimos resgatar o torcedor para a seleção", disse J. César na zona mista.

"A gente não conseguiu manter a mesma concentração do 1º tempo. Copas do Mundo são decididas em 90 minutos, nos detalhes", afirmou Dunga.

Só Julio César já deixou o vestiário da seleção. O goleiro é o único jogador na zona mista até o momento.

"Com um a menos fica dificil. Tentei colocar um jogador de mais velocidade para se juntar a Robinho e Kaká", explicou Dunga, sobre Nilmar.

"Assumo todas as culpas. A responsabilidade é de todos. Não é justo jogar a responsabilidade em apenas um jogador", disse o técnico.

Na coletiva, Dunga assumiu a responsabilidade pela eliminação e defendeu a entrada de Nilmar no lugar de Luis Fabiano.

"Todos sabem desde que cheguei á seleção brasileira que eu ia ficar quatro anos", disse Dunga, sobre seu futuro.

Na entrevista coletiva após a partida, o técnico Dunga anuncia sua saída da seleção brasileira.

"Sneijder elimina o Brasil; Holanda nas semifinais", diz o italiano "Gazzetta dello Sport".

"Brasil 2014", ironiza o argentino "Ole", já lembrando da sede da próxima Copa do Mundo.

"Bomba: cai o Brasil", é a manchete do espanhol "As".

"'Laranja Mecânica' deixa Brasil pelo caminho", diz capa do site do português "Record".

Espanhol "Marca" publica "Sneijder derruba a pentacampeã".

Imprensa internacional começa a falar da eliminação brasileira.

H

Nelson Rodrigues

COMPLEXO DE VIRA-LATAS

(Texto editado na revista Manchete esportiva, a 31 de maio de 1958, e republicado em À sombra das chuteiras imortais - crônicas de futebol (organização de Ruy Castro para a Cia. das Letras, São Paulo, 1993). Trata-se da última crônica antes da estréia do Brasil na Copa de 1958, que, como se sabe, foi a primeira vencida pela Seleção brasileira. Nelson mantinha, nesta publicação, uma coluna chamada "Personagem da semana", o que explica o começo do texto.)


"Hoje vou fazer do escrete o meu numeroso personagem da semana. Os jogadores já partiram e o Brasil vacila entre o pessimismo mais obtuso e a esperança mais frenética. Nas esquinas, nos botecos, por toda parte, há quem esbraveje: - "O Brasil não vai nem se classificar!". E, aqui, eu pergunto: - não será esta atitude negativa o disfarce de um otimismo inconfesso e envergonhado?

Eis a verdade, amigos: - desde 50 que o nosso futebol tem pudor de acreditar em si mesmo. A derrota frente aos uruguaios, na última batalha, ainda faz sofrer, na cara e na alma, qualquer brasileiro. Foi uma humilhação nacional que nada, absolutamente nada, pode curar. Dizem que tudo passa, mas eu vos digo: menos a dor-de-cotovelo que nos ficou dos 2 x 1. E custa crer que um escore tão pequeno possa causar uma dor tão grande. O tempo em vão sobre a derrota. Dir-se- ia que foi ontem, e não há oito anos, que, aos berros, Obdulio arrancou, de nós, o título. Eu disse "arrancou" como poderia dizer: - "extraiu" de nós o título como se fosse um dente.

E, hoje, se negamos o escrete de 58, não tenhamos dúvidas: - é ainda a frustração de 50 que funciona. Gostaríamos talvez de acreditar na seleção. Mas o que nos trava é o seguinte: - o pânico de uma nova e irremediável desilusão. E guardamos, para nós mesmos, qualquer esperança. Só imagino uma coisa: - se o Brasil vence na Suécia, e volta campeão do mundo! Ah, a fé que escondemos, a fé que negamos, rebentaria todas as comportas e 60 milhões de brasileiros iam acabar no hospício. Mas vejamos: - o escrete brasileiro tem, realmente, possibilidades concretas?

Eu poderia responder, simplesmente, "não". Mas eis a verdade: - eu acredito no brasileiro, e pior do que isso: - sou de um patriotismo inatual e agressivo, digno de um granadeiro bigodudo. Tenho visto jogadores de outros países, inclusive os ex-fabulosos húngaros, que apanharam, aqui, do aspirante-enxertado Flamengo. Pois bem: - não vi ninguém que se comparasse aos nossos. Fala-se num Puskas. Eu contra-argumento com um Ademir, um Didi, um Leônidas, um Jair, um Zizinho.

A pura, a santa verdade é a seguinte: - qualquer jogador brasileiro, quando se desamarra de suas inibições e se põe em estado de graça, é algo de único em matéria de fantasia, de improvisação, de invenção. Em suma: - temos dons em excesso. E só uma coisa nos atrapalha e, por vezes, invalida as nossas qualidades. Quero aludir ao que eu poderia chamar de "complexo de vira-latas". Estou a imaginar o espanto do leitor: - "O que vem a ser isso?". Eu explico.


Por "complexo de vira-latas" entendo eu a inferioridade em que o brasileiro se coloca, voluntariamente, em face do resto do mundo. Isto em todos os setores e, sobretudo, no futebol. Dizer que nós nos julgamos "os maiores" é uma cínica inverdade. Em Wembley, por que perdemos? Porque, diante do quadro inglês, louro e sardento, a equipe brasileira ganiu de humildade. Jamais foi tão evidente e, eu diria mesmo, espetacular o nosso vira-latismo. Na já citada vergonha de 50, éramos superiores aos adversários. Além disso, levávamos a vantagem do empate. Pois bem: - e perdemos da maneira mais abjeta. Por um motivo muito simples: -

porque Obdulio nos tratou a pontapés, como se vira-latas fôssemos. Eu vos digo: - o problema do escrete não é mais de futebol, nem de técnica, nem de tática. Absolutamente. É um problema de fé em si mesmo. O brasileiro precisa se convencer de que não é um vira-latas e que tem futebol para dar e vender, lá na Suécia. Uma vez que se convença disso, ponham-no para correr em campo e ele precisará de dez para segurar, como o chinês da anedota. Insisto: - para o escrete, ser ou não ser vira-latas, eis a questão."

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Alguma coisa sobre nosso adversário

"Nenhuma outra seleção desta Copa do Mundo se parece tanto com o Brasil campeão de 1994 quanto a Holanda de Arjen Robben e Wesley Sneijder, pragmaticamente dirigida por Bert Van Marwijk.

Claro que Robin Van Persie, embora se ache, não é Romário, mas Sneijder está jogando muito mais do que Raí e/ou Mazinho naqueles tempos e Robben rodopia menos, mas resolve mais do que aquele Zinho.

Não são os craques de uma e outra, porém, que fazem esta Holanda de Van Marwijk se parecer com aquele Brasil de Carlos Alberto Parreira. O que une as duas equipes, mais do que a distribuição dos jogadores em campo, é a atitude consciente do primeiro ao último minuto de jogo.

A Holanda é um time que está na África do Sul para ganhar a Copa, de jogo em jogo, pacientemente, sem a volúpia ofensiva de outras épocas. Aquele futebol vistoso, alegre, às vezes até irresponsável, da Laranja Mecânica e sucessoras menos talentosas não faz a cabeça desta seleção que mantém os pés no chão mesmo depois dos extraordinários resultados dos últimos tempos.

À fantasia sobrepõem-se os resultados.

São resultados de meter medo em qualquer adversário : 100% de aproveitamento na Copa, com quatro vitórias em quatro jogos, e 100% de aproveitamento nas eliminatórias, com oito vitórias em oito jogos. A Holanda não sabe o que é perder há 23 jogos.

O problema, para eles, é que o Brasil não se amedronta facilmente. Pelo contrário, como mancheteou o jornal espanhol AS após os 3 a 0 no Chile : "O Brasil dá medo". Van Marwijk sabe que é verdade e inveja o Brasil :

- O Brasil representa um enorme desafio para nós. É uma equipe muito madura e sólida, que transmite uma forma positiva de arrogância, é quase como se fosse invencível. Falta esse sentimento ao nosso time. Pela primeira vez em uma partida desta Copa, a Holanda não será favorita.

O próprio Van Marwijk acha que falta à sua equipe a "forma positiva de arrogância" que seria marca registrada do Brasil. A história do futebol e, em especial, a história das Copas explica por que sobra ao Brasil o que falta à Holanda. É só conferir a lista e os resultados das finais das Copas para entender a diferença.

Esqueça-se a história, no entanto, pois jamais se viu em campo uma Holanda como esta que o Brasil vai enfrentar nesta sexta-feira, dia 2, no Estádio Nelson Mandela. É um time que se dá bem com a bola e procura mantê-la aos pés, mas nunca se afoba nem se deslumbra com a vantagem no marcador. Faz o que é preciso para vencer, sem se descuidar da defesa. É um time equilibrado em todas as linhas, sonho de todo treinador.

Até chegar às quartas de final, a Holanda de Van Marwijk tem mostrado uma pulsação mais cadenciada do que o Brasil um tanto inconstante de Dunga. Para o bem e para o mal, o Brasil é mais febril. Mais nervosinho, talvez. Certamente, mais sujeito aos humores da Jabulani. Em compensação, o Brasil é muito mais mortal. E sexta é dia de matar ou morrer.

Há situações específicas do jogo que devem preocupar o técnico brasileiro - o embate direto entre Robben e Michel Bastos, por exemplo. O holandês não é Garrincha, mas o nosso lateral é a mais completa reencarnação dos Joões que faziam a alegria do mais espetacular ponta direita de todos os tempos. Alguém tem de ajudar Michel Bastos em Port Elizabeth.

O Brasil precisa também vigiar Mark Van Bommel, um volante experiente que tem sofrido muitas faltas e cometido poucas, enxerga bem o jogo e faz com qualidade a passagem de bola da defesa para o ataque da Holanda. Marcar Van Bommel é deixar na orfandade o talentoso Sneijder.

Fechando os caminhos para Van Bommel, pelo meio, e Robben, pela ponta, o Brasil de Kaká, Robinho e companhia fará da Holanda sua próxima vítima.

Afinal, até o comandante Bert Van Marwijk sabe muito bem que, em Copa do Mundo, a Holanda nada, nada, nada e acaba morrendo na praia. Não deve ser diferente em Port Elizabeth, bela cidade à beira do oceano Índico.

PS: Infelizmente, Elano continuará desfalcando a Seleção. É uma grande perda, principalmente porque Daniel Alves tem sido mais afoito do que eficiente, preocupado demais em chutar a gol, e o modelo Dunga para as ações ofensivas depende, em boa parte, da movimentação de Elano e Robinho.

No futebol, ensinava Gentil Cardoso, "quem pede, tem preferência ; quem se desloca, recebe". Elano se desloca, Daniel Alves pede a bola. Quando o adversário reduz os espaços, Elano ajuda, mas Daniel Alves complica a vida de Robinho e Kaká."

Por Roberto Benevides, jornalista, cearense radicado em SP e RJ, foi editor dos matutinos JB, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, e dos hebdomadários Veja, Exame e Época. No Estadão, foi por muitos anos o editor de seu caderno de esportes. Atualmente, gerencia a área de informação da Traffic Sports.