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terça-feira, 9 de outubro de 2018

COLUNA DO OLINTO - O FANÁTICO

Hoje eu resolvi, não sei porque, falar a respeito do fanatismo. Esse monstro de todas as eras é facilmente reconhecido  na sua vítima pois o dominado não consegue ter raciocínio lógico. No afã de esgotar sua sanha fanática que o faz limitar drasticamente sua inteligência , saltita daqui para alí, ultrapassando todas as faixas amarelas do bom senso. Fanático não tem personalidade; vive inautêntico, aceita meias verdades  com a convicção de um faminto frente um prato feito. Independe de classe social ou motivação; o fanático tenta suprir uma carência inconfessável, um desejo reprimido, uma falta de aceitaçao de si mesmo. O fanático depende sempre do outro. É necessária a existência de platéia para que  o fanático se sinta estimulado a desenvolver seus queixumes,  agressividade, intromissão na vida e espaço alheio. O fanático não consegue viver somente no seu território e anseia, ou mesmo necessita  do jugo de um buçal. Não sendo dono dos próprios atos ( embora pareça sê-lo), são geralmente reprimidos,  pregando uma moral que não vivem, exigindo uma adesão imediata ao que consideram certo, sob pena de constrangimentos públicos e até mesmo agressões por palavras e vias de fato. Ele se ofende fácil e se reconhece mais fácil ainda. Os olhos parecem parados, vidrados, como se estivessem em transe, mirando um ponto fixo no espaço, com uma tendência a somente falar e não ouvir. Se dá espaço para o interlocutor falar, não ouve; já elabora a continuaçao do que estava falando.  As palavras tem um ritmo acelerado, em uma só entonação, geralmente um tom mais alto e, em decorrência da falta de pausa,  não é raro descer um fio de baba pelo canto esquerdo ou direito da boca, conforme a pessoa.  Sobrevive de frases de efeito, chavões genéricos e não tem noção, pela mente atormentada, do grau das feridas que provoca. Não faz por mal, é uma anomalia.O fanático vive em um universo paralelo all the time.   Ainda bem que não existem fanáticos aqui na minha time-line e eu, logicamente, não os procuro, pela nocividade que eles representam. Estou definindo para uma precaução dos amigos pois, afinal de contas,  devemos nos precaver nesse mundo cheio de fanáticos por futebol ( ou qualquer outro assunto  pois o que menos importa oara o fanático é o assunto).

2 comentários:

Jair Jr. disse...

Eu, fanático???
Por futebol??? Política??? Amores???
Na verdade... fanático rima com... lunático...
Gostei da viagem... vamos para a próxima estação!!!

OLINTO VIEIRA disse...

Sim, concordo contigo! E sabemos tão pouco para ter a ilusória certeza dos fanáticos. Que a poesia nos salve! Abraço!