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quarta-feira, 12 de maio de 2010

"States"

Autoridades de Brasil, Argentina e Paraguai criticaram a filmagem de "Triple Frontier" (Tríplice Fronteira), o novo filme em projeto da vencedora do Oscar Kathryn Bigelow (foto), de "Guerra ao Terror", e não vão colaborar com a produção, informou a ministra do Turismo do Paraguai, Liz Cramer.

"Falei com o ministro do Turismo da Argentina e com os do Brasil. Estamos todos indignados. Colocaram o olho na Tríplice Fronteira e querem nos transformar em vilões do mundo", disse a ministra nesta segunda-feira, em entrevista a jornalistas.

Cramer anunciou que as autoridades dos três países não vão colaborar com os cineastas americanos que pretendiam filmar na região durante o segundo semestre deste ano.

"Seria estúpido ficar ao lado de estrangeiros que vêm nos pintar como o maior lixo do planeta", afirmou a funcionária, pedindo que instituições e a população da região os ignore.

Ela esclareceu que os países da Tríplice Fronteira são livres e que os produtores não terão qualquer impedimento para as filmagens. "Mas não terão nenhum apoio público", enfatizou.

A zona comercial fronteiriça entre Paraguai, Argentina e Brasil é considerada por relatórios do governo dos Estados Unidos um epicentro de conexão e financiamento de grupos terroristas islâmicos, informação esta que vem sendo negada pelas autoridades dos três países.

Com pouco mais de 1 milhão de pessoas, Ciudad del Este (Paraguai), Foz do Iguaçu (Brasil) e Puerto Iguazú (Argentina) são divididas pelos rios Paraguai e Iguaçu, sendo muito visitadas por turistas atraídos pelas Cataratas do Iguaçu e pela hidrelétrica de Itaipu.

Estima-se que 20 mil árabes e descendentes vivam na região, muitos deles muçulmanos dedicados ao comércio.

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