Nessa época de ATOS SECRETOS, de presidente do Senado Nacional dando cargo para namorado da neta (rs), é bom dizer que essas coisas aqui no Brasil não são novas. Quando da chegada - sem querer - de Pedro Álvares Cabral, o seu escrivão-mor, Pero Vaz de Caminha, no finalzinho da longa carta (primeiro documento oficial da Ilha de Vera Cruz), pede favores ao rei para seu genro.
Em 01/maio/1500 : "E pois que, Senhor, é certo que tanto neste cargo que levo como em outra qualquer coisa que de Vosso serviço for, Vossa Alteza há de ser de mim muito bem servida, a Ela peço que, por me fazer singular mercê, mande vir da ilha de São Tomé a Jorge de Osório, meu genro -- o que d'Ela receberei em muita mercê. Beijo as mãos de Vossa Alteza. "
A carta de Pero Vaz de Caminha é lembrada como o primeiro caso de tentativa de nepotismo documentado no Brasil.
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