Só agora vi aquela cena mostrada para o mundo de Saddam Hussein sendo enforcado e achei aquilo uma demonstração bizarra do século XXI. A banalização da vida vista através das câmeras de um telefone celular, onde uma meia dúzia de homens encapuzados foram encarregados de dar cabo da vida do ditador iraquiano. O que os livros de história retratam de uma forma teórica e abstrata ( a morte de personalidades), o mundo globalizado mostra ao vivo e à cores para todo o planeta. Não há margem para a imaginação viajar.
A vida real está ao alcance de uma câmera oculta, minúsculos microfones ou grampos telefônicos. Os insultos que os carrascos proferiram contra um Saddam à beira da morte foram repelidos por todo o mundo. Até mesmo George Bush, inimigo mortal e principal algoz do iraquiano foi à público para condenar a atitude dos carrascos.
Todos os crimes que Hussein cometeu estão gravados pela humanidade; a história já o julgou, sua atitude tirânica e ditatorial não são exemplos para ninguém, mas quando alguém utiliza-se da força bruta e da selvageria para combater crimes, o mundo fica pior.
Quando uma criança vê na televisão cenas de extrema violência, como as que recheiam os telejornais todos o dias, pode ter certeza que boa parte de sua inocência será comprometida. A televisão é algo extremamente benéfico, pois é o único lazer para milhões de brasileiros; mas por outro lado, sujeita a desencaminhar, dar aparência de normalidade a verdadeiras aberrações morais.
Os ídolos dos filmes e novelas são de barro. Os verdadeiros heróis do dia a dia estão pelas ruas do mundo, anônimos, vencendo as dificuldades, sobrevivendo e vivendo a vida com o suor dos seus rostos. Na realidade, o que faz a diferença de um grande homem é saber observar as qualidades até mesmo em seus adversários. Isso faz com que se crie algo preponderante para qualquer homem ser vencedor: o respeito. Seja em qualquer aspecto, o respeito é bem vindo e com ele, a vida fica muito mais fácil de ser vivida.
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