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sábado, 9 de maio de 2009

mentiras diplomáticas forenses

Sanderson Moura é um advogado, e pelo pouco que sei, dos bons. Ele escreveu o texto abaixo:

"Estava há pouco escrevendo uma petição e deparei-me com as textuais laudatórias:

Excelentíssimo senhor doutor desembargador relator...

Inclítos julgadores

Douto procurador de Justiça

Meu Deus, tantos adjetivos impróprios, quantas saudações imerecidas.

Lembrei do que disse Pedro Paulo Filho no livro Advogados e Bacharéis, os Doutores do Povo, referindo-se ao conselho que o advogado português Ari dos Santos deu ao seu filho sobre a advocacia:
"Ensinam-te que podes falar com altivez, liberdade e maior soma de isenções, mas se deixares de chamar meritíssimo a juiz quem não tem mérito algum; se deixares de alcunhar de douto um despacho que é um amontoado de disparate; se deixares de fazer preceder o agente do Ministério Público de um digníssimo servil; se deixares de dar excelência a quem, por vezes, só é excelente no erro, não podes ir muito longe".
São mentiras diplomáticas forenses."

4 comentários:

Anônimo disse...

Bingo!
O Causídico autor das considerações acima está de parabens, a exemplo do blogueiro que cedeu espaço para a publicação.

Arimateia Jr.

OLINTO disse...

Pois é meu caro. Muitas vezes me contrariei dando mérito a quem não merece. De "meritíssimos", "ínclitos" e "honrados", tudo assim, no minúsculo, estamos cheios...

Grato pela visita!

sanderson moura disse...

Caro Olinto:

Agradeço-lhe por ter postado o texto.

Sempre apareço por aqui.

Irei fazer um link de seu blog no meu.

Abraços

Sanderson Moura

OLINTO disse...

Grato, Sanderson. Estar em suas recomendações e receber sua visita me deixa feliz de verdade!