Reproduzo aqui a minha coluna semanal do "Carajás, O Jornal".
Passou-se o 7 de Setembro, onde comemoramos, em todo o Brasil, a nossa independência. Será que somos um País que pode se dar ao luxo de bater no peito e se proclamar independente? Para mim, isso seria uma realidade se não tivéssemos entraves estruturais básicos, em todas as regiões do País que nos mostra uma outra face, caótica e crônica, ao longo de centenas de anos. O mais importante é que tristemente, muitos brasileiros mantém dentro de si o servilismo manco que caracterizava boa parte de nossa liderança naqueles idos de 1800.
Hoje, mais de duzentos anos depois, estamos lutando para nos livrar das garras de nós mesmos, brasileiros, atordoados pela falta de escrúpulos, vivendo a vida e tendo a sensação de que um dia a mais nos faz sobreviventes. O Brasil dito independente de hoje é aquele mesmo País que produz mães que jogam filhos recém-nascidos nos esgotos, que trata mal os seus velhos, que tem milhões de crianças nas ruas, desaprendendo a ser gente.
Como é que podemos nos livrar da mentalidade minúscula que turva a visão dos pequenos políticos, que vivem duelando entre si na televisão e, após os holofotes desligados, se abraçam gargalhando? Sei bem que ficamos tutelados por Portugal que manteve sobre nós um histórico de exploração direta de 300 anos e um legado de acomodação que caracteriza de forma triste uma parte de nossa história, já que , mesmo tendo ficado com uma mordaça portuguesa durante séculos, permanecemos com outra (militar), até recentemente sob o nosso próprio consentimento.
Acredito que muita gente até gostava daquela repressão porque tem tantos que lamentam o fim da ditadura. – “ Com os militares sim, era outra coisa....” suspiram muitos incautos, sem saber da nossa autoestima sempre tão pisoteada; credito a isso, além da herança de acomodação deixada por Portugal, a um fascínio que muita gente tem de “ ser mandado” ( Freud explica...).
Em muitos lugares do mundo, o Brasil é “aceito” muito mais pela importância estratégica do que pelo real valor; ainda mais nesses tempos de ‘pré-sal’. Mas a bandeira da independência é válida, concordo que ao termos um “estandarte’ para nos apoiar, criamos um mecanismo de respeito perante a nós mesmos que nos devolve, um pouco, a grandeza que o mártir Tiradentes representa, de resistência e amor ao Brasil. Mas, não podemos dizer que somos independentes; nenhum país desse mundo globalizado o é.
O ideal mesmo é resgatarmos a reverência ao Brasil que o 7 de Setembro nos traz, de satisfação por morarmos em um belo País que tem uma natureza privilegiada e um Povo que trabalha, sofre, vibra, chora, ri e tem Fé!
2 comentários:
O SER HUMANO DESPERTA MUITAS EMOÇÕES QUE MOVEM O CORAÇÃO QUANDO ELE RESOLVE DEDICAR-SE AO CAMINHO DE LIBERTAÇÃO DE ALGUNS PENSAMENTOS PRESOS QUE NÃO SÃO BONS. PODE SER POR MOTIVO NOBRE, COMO FÉ, AMOR AO PRÓXIMO, OU CARIDADE. ASSIM TAMBÉM PODE SER POR UM CAPRICHO, MEDO DA SOLIDÃO, A “CURIOSIDADE” OU VONTADE DE SER AMADO.
NADA DISSO É RELEVANTE: O CAMINHO PELA A INDEPENDÊNCIA E LIBERDADE É MAIS FORTE DO QUE AS RAZÕES QUE O LEVARAM ELE. AOS POUCOS, A VERDADEIRA BUSCA VAI SE IMPONDO COM AMOR, DISCIPLINA, PELA A ORDEM E DIGNIDADE. CHEGA UM MOMENTO QUE OLHAMOS PRA ATRÁS E ATÉ CONSEGUIMOS RIR DE NÓS MESMOS.
FOMOS CAPAZES DE CRESCER, EMBORA TENHAMOS INICIADO ESSA ARDUA JORNADA POR MOTIVOS QUE ERAM POUCO SIGNIFICATIVOS.
HOJE ACREDITO QUE A ESTRADA DA EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO DAR-SE-A MAIS RÁPIDO E CONSTANTE QUANDO SE É PERCORRIDO PELO VEÍCULO CHAMADO: RELIGIÃO. MAS INFELIZMENTE POUCOS BRASILEIROS AINDA ABRIRAM PRA ISSO.
AI OLINTÃO VAI UM CONSELHO ORIENTAL: CONTINUE TRAZENDO PARA PRÁTICAS RELIGIOSAS ESSAS SUAS PALAVRAS QUE SÃO EXPOSTAS DE FORMA COERENTE COM O QUE DE REAL DEVE SER.
ABRAÇO.
Falou caro BLAS...
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