

E alerta: o sistema globalizado deve assumir seu caráter político, de estado de governança mundial, e não se ater exclusivamente à dimensão econômica. “Cada país, com suas crenças e instituições, deve se dispor à refundação da sociedade global. Se não for assim, teremos profundo desequilíbrio, que, aliás, já se manifesta”, adverte. ONU Mas Boff não é alarmista e aponta resoluções internacionais como iniciativas positivas.
Cita como exemplo a implementação de conselho mundial na Organização das Nações Unidas para elaborar, ainda este ano, a Carta Internacional do Bem Comum da Terra e da Humanidade, além da criação de duas frentes de trabalho. Elas vão acompanhar a geração de capital real (para a manutenção do estado produtivo), o capital especulativo, a fim de evitar crises. Estão previstos encontros duas vezes ao ano de todos os chefes de estado para discutirem o tema. “É o começo teórico que faz referência a algo comum”, pondera.
Na base das articulações, os movimentos sociais e populares desempenham papel essencial, avalia o teólogo. Para ele, essas mudanças serão efetivadas a partir de iniciativas apontadas sobretudo pelos militantes de grupos que lidam com questões como reforma agrária, economia solidária e preservação das águas, entre outros.
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