Estou aqui em Parauapebas desde 1999 e nestes últimos anos, participei de pertinho da vida política da cidade e seus desdobramentos. Sempre me pautei pela discrição mas isso não me impediu de perceber que umas das características marcantes daqui é a polarização. A consequência disso é um acirramento desequilibrado de nervos por parte dos mais "apaixonados" pela política. Mistura-se sentimentos, cobra-se atitudes, desenterra-se velhos defuntos e procura-se defeitos tal como agulha em um palheiro: " Ele é feio", "Ele é bobo", " Ele é ladrão", "Ele é asqueroso" (para ficar no publicável). Isto é típico de uma velha forma de se fazer política, onde as ofensas pessoais se sobrepõem ao que de real interessa. No calor da batalha, corre-se o risco até mesmo de se esquecer o verdadeiro objetivo dela. Tenta-se transformar tudo na velha luta do bem contra o mal. A diferença é que o mal é o "outro", sempre. Mas, como eu venho aprendendo que o equilíbrio é uma busca-conquista diária, vou vendo as coisas do meu jeito e procurando compreender da melhor maneira possível.
4 comentários:
Concordo com você.
Devemos ser pacificadores neste oceano agitado que é a nossa cidade. Agindo pela luz de nossa consciência clareando as pessoas que nos cercam, com tranqüilidade e serenidade. Procuro sempre prezar pelo bem coletivo agindo com imparcialidade, mesmo durante as tempestades. Desta forma conseguiremos navegar rumo ao norte, em busca de águas calmas.
A postagem de textos como esse, nos faz avaliar; de que lado estamos nesta polaridade mencionada?
Até +.
Olá meu amigo! O Oceano agitado não é só Parauapebas; é todo esse mundão.Mas vamos remando nele buscando a serenidade...
Obrigado pela visita!!
Olinto, centralizando o post para o nosso município, entendo que as relações políticas estão melhorando, apesar de concordar com você que poderíamos deixar de lado certas atitudes. O exemplo foram as últimas eleições: não houve briga, facada e tiro como na de 2004.
O eleitor militante ainda não entendeu a diferença entre campanha e oposição, entre adversário e inimigo. Aí talvez, esteja o cerne da questão, principalmente quando se envolve tantos interesses como tem ocorrido em Parauapebas.
Tem razão, Zé Eduardo. Democracia se assemelha a uma pessoa que aprende a dirigir. Só o exercício aprimora. Grande abraço!
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