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terça-feira, 13 de outubro de 2009

Mãe, sempre é seu dia!

A Carta (Carlos Drummond de Andrade)

Há muito tempo, sim, que não te escrevo.
Ficaram velhas todas as notícias.
Eu mesmo envelhecí:
Olha em relevo estes sinais em mim,
não das carícias(tão leves) que fazias no meu rosto:
são galopes, são espinhos,
são lembranças da vida a teu menino,
que ao sol-posto, perde a sabedoria das crianças.
A falta que me fazes não é tanto à hora de dormir,
quando dizias “Deus te abençoe”,
e a noite abria em sonho.
É quando, ao despertar, revejo a um canto
a noite acumulada de meus dias,
e sinto que estou vivo, e que não sonho.

3 comentários:

Anônimo disse...

Muito bom esse texto...
O Senhor assim como as mães tem o dom de encaminhar pessoas a Luz, obrigado por tudo de bom que tens feito, para as pessoas que tem a oportunidade de conviver perto de ti, sei que aqui não é lugar para Homenagem, mais é que posso fazer uma postagem sem ser identificado.
abraço

OLINTO disse...

Agradeço as boas palavras. Apareça sempre!

Anônimo disse...

Há tambem qro aproveitar para lhe parabenizar, vc é uma pessoa do bem sincero isso é raro.
continue assim precisamos disso.