Tudo o que ouço falar atualmente a respeito de Parauapebas é no sentido de uma grande mudança estrutural que vem vindo por aí e já estáacontecendo. Construção de milhares de casas, loteamentos e loteamentos se abrindo e, consequentemente, aquecimento comercial, aumento de população etc, etc e etc.
Percebo então que é preciso que não apenas a cidade cresça. Precisamos também crescer junto com a cidade, deixando cada vez mais aquela mentalidade diminuta ir ficando para trás e junto dela, os recalques, preconceitos e baboseiras do tipo. Toda sociedade somente se ergue de verdade não apenas pela força de um poderio econômico mas pela energia e ânimo de sua população.
Chegamos em um ponto onde não há como frear o avanço (em todos os níveis) na nossa cidade mas podemos trabalhar a nossa auto estima para não ficarmos apenas sendo meros receptores. Tudo o que vem acontecendo – ou vai acontecer- somente se realizará não apenas pelas riquezas que estão debaixo do solo.
Caso alguém assim acredite, pode ter certeza de que tal pensamento é um engano. A comunidade que foi construída nesta cidade é futurista. É o contrário de tudo aquilo que o tolo do Hilter pregava na Alemanha nazista. Somos a mistura, o tempero certo do sucesso, a união das raças, o ponto de encontro das diferenças que se unem e conseguem conviver harmoniosamente.
Esta é a fórmula ideal para o desenvolvimento de qualquer lugar. Eu mesmo reparo em coisas que só acontecem aqui. A maioria das pessoas que chegam para fixar residência em Parauapebas, com pouco dias já se sentem integrados à cidade, tratando-a intimamente de “Peba”, participando dos seus problemas, interagindo facilmente com as pessoas.
Uma das grandes vantagens das pessoas que aqui residem é que a identidade da grande maioria se interliga no motivo que as trouxe para cá: A Luta. Parauapebas não é um balneário com locais paradisíacos onde as pessoas ficam o dia inteiro se regozijando sem nada fazer.
Aliás, para aquele que não quer trabalhar, este lugar não traz nenhum atrativo. Até mesmo pelo ritmo das pessoas na rua pode-se perceber que a nossa característica é a realização e isso é muito bom. A luta pela sobrevivência reduz a soberba, o orgulho e a humilhação.
Em algumas cidades cultua-se tradicionalismos baseados nas antiguidades das famílias, o que ressalta as diferenças sociais, dividindo as pessoas desde o seu nascimento, o que é ridículo. Aqui nós temos a oportunidade de cortar desde cedo o cordão umbilical e sermos nós mesmos, construindo cada um, a sua própria história. Que o futuro nos encontre de cabeça erguida.
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