O Ipea (Institudo de Pesquisas Econômicas Avançadas) comparou o desenvolvimento dos países do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), África do Sul, Estados Unidos, Finlândia, Espanha, Alemanha, México e Argentina e constatou que destes, apenas Brasil, África do Sul, México e Alemanha reduziram desigualdades de renda entre os trabalhadores de 1990 a 2005.
O estudo "Desenvolvimento e Experiências Internacionais Comparadas" foi apresentado na manhã desta quarta-feira na sede do Ipea, em Brasília, e mostrou também que em dez dos 11 países, as doenças cardiovasculares e os diversos tipos de câncer são as principais causas de morte. Com exceção da África do Sul, onde dispara a Aids. Na Índia, destacam-se as doenças parasitárias e infecciosas. O Brasil é o primeiro em mortes violentas; a Alemanha, a última.
Nos dados brasileiros o que chama a atenção são os números referentes à educação. Por mais que tenha havido um avanço nessa área, o Brasil ainda está muito aquém do esperado, na avaliação de Milko Matijascic, diretor do Ipea no IPC (Centro Internacional de Pobreza) e coordenador da pesquisa. O índice de alfabetização brasileira foi de 78%, em 1985, para 89% em 2005. A China, porém, teve um avanço mais claro, indo de 69% para 91% no mesmo período.
Segundo dados do Pisa, que mede o desempenho de leitura nos países selecionados, mais de 80% dos brasileiros não tem capacidade de leitura de um nível adequado e quase 90% não tem em termos matemáticos. Na Coréia do Sul por exemplo, cerca de 20% não tem a capacidade adequada em matemática e em leitura."A Coréia tinha níveis de analfabetismo muito elevados nos anos 70, e hoje é um dos países mais exemplares do ponto de vista da educação. Ou seja, podemos promover um enorme aumento de competitividade da economia. Basta a sociedade brasileira se focar nessa direção" disse Matijascic.
Ele acredita, no entanto, que os dados brasileiros mostram que o país se encontra em uma posição de relativa estabilidade e que pode, inclusive, tirar proveito da crise financeira global. "Talvez seja um bom momento para o Brasil alcançar as nações mais desenvolvidas, porque se encontra numa posição de relativa estabilidade, não enfrenta grandes dificuldades, o seu crescimento é fundamentalmente baseado no mercado interno e isso pode significar um grande dinamismo para que o Brasil recupere em parte o atraso" disse ele. Piero Locatelli, do UOL Notícias, em Brasília
O estudo "Desenvolvimento e Experiências Internacionais Comparadas" foi apresentado na manhã desta quarta-feira na sede do Ipea, em Brasília, e mostrou também que em dez dos 11 países, as doenças cardiovasculares e os diversos tipos de câncer são as principais causas de morte. Com exceção da África do Sul, onde dispara a Aids. Na Índia, destacam-se as doenças parasitárias e infecciosas. O Brasil é o primeiro em mortes violentas; a Alemanha, a última.
Nos dados brasileiros o que chama a atenção são os números referentes à educação. Por mais que tenha havido um avanço nessa área, o Brasil ainda está muito aquém do esperado, na avaliação de Milko Matijascic, diretor do Ipea no IPC (Centro Internacional de Pobreza) e coordenador da pesquisa. O índice de alfabetização brasileira foi de 78%, em 1985, para 89% em 2005. A China, porém, teve um avanço mais claro, indo de 69% para 91% no mesmo período.
Segundo dados do Pisa, que mede o desempenho de leitura nos países selecionados, mais de 80% dos brasileiros não tem capacidade de leitura de um nível adequado e quase 90% não tem em termos matemáticos. Na Coréia do Sul por exemplo, cerca de 20% não tem a capacidade adequada em matemática e em leitura."A Coréia tinha níveis de analfabetismo muito elevados nos anos 70, e hoje é um dos países mais exemplares do ponto de vista da educação. Ou seja, podemos promover um enorme aumento de competitividade da economia. Basta a sociedade brasileira se focar nessa direção" disse Matijascic.
Ele acredita, no entanto, que os dados brasileiros mostram que o país se encontra em uma posição de relativa estabilidade e que pode, inclusive, tirar proveito da crise financeira global. "Talvez seja um bom momento para o Brasil alcançar as nações mais desenvolvidas, porque se encontra numa posição de relativa estabilidade, não enfrenta grandes dificuldades, o seu crescimento é fundamentalmente baseado no mercado interno e isso pode significar um grande dinamismo para que o Brasil recupere em parte o atraso" disse ele. Piero Locatelli, do UOL Notícias, em Brasília
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