A crise na economia mundial derrubou compulsórios, impostos e custos que afetam o crédito bancário, mas a parcela de juros que embute o ganho dos bancos, o chamado spread, subiu no fim de 2008, fechando o ano no maior patamar desde agosto de 2003, elevandoo lucro dos bancos.
Em setembro, mês do agravamento da crise, os bancos pagavam 14% na captação e emprestavam a 40,4% ao ano. A diferença era de um spread de 26,4 pontos percentuais. Em dezembro, os bancos já conseguiam dinheiro mais barato (12,6%), mas a taxa de empréstimo subiu para 43,2%, o que aumentou o spread para 30,6 pontos percentuais.
Os dados foram divulgados ontem, dia 27 de janeiro, pelo Banco Central (BC).
Tome-se como exemplo uma geladeira que custa R$ 899 à vista e R$ 1,4 mil parcelada em 20 vezes. A diferença – os juros – somam R$ 499. Desse total, o consumidor estaria pagando à financeira ou banco R$ 250 para cobrir o custo de captação, R$ 93,8 para a intituição quitar sua folha de pagamento, R$ 76,3 de impostos e, ainda sim, restaria um lucro de R$ 77,80.
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